Viver no exterior pode ser o sonho de muitas pessoas, mas você já parou para pensar nos impactos emocionais dessa decisão?
Buscar novas oportunidades de trabalho, melhores condições de vida e novas identificações culturais são alguns dos motivos que levam as pessoas a morarem fora do país. Esse processo pode ser de muitas descobertas, aprendizados e autoconhecimento. Por outro lado, pode ser bastante exaustivo.
Inicia-se no desejo por mudança, mas se fazem necessárias uma série de ajustamentos: escolher a nova pátria, preparar documentos e questões legais, buscar moradia e trabalho para, então, ir embora.
Imagem de um globo terrestre em cima de uma mesa.
Chegar nesse novo país definitivamente não é o fim dessa jornada. O imigrante passa por um processo de aculturação, ou seja, quando há encontro e troca entre duas culturas. Esse processo nem sempre acontece da maneira em que o expatriado idealizou e pode favorecer estresse, sentimentos de tristeza e ansiedade.
Desafios da mudança de país
São muitos os desafios vivenciados pelo imigrante. Dentre eles, a separação da cultura, dificuldades nos aspectos burocráticos, os preconceitos e a solidão.
Por mais que se conheça a cultura local pode existir um saudosismo da própria cultura e uma dificuldade em se adaptar ao novo. As pessoas pensam e se comportam de maneiras diferentes e isso gera um estranhamento. O que é comum no seu país, pode ser um insulto no seu novo local de moradia.
Para além disso, muitas vezes se torna necessário resolver questões burocráticas, como por exemplo, documentos da legalização, matrículas em escolas e entrevistas de emprego. No entanto, nem sempre a pessoa terá todas essas informações de forma fácil e precisará se adaptar a essa mudança.
Adaptar-se a nova língua também pode ser um desafio. A forma de se comunicar nem sempre será fluente e isso poderá gerar dificuldades em atividades do cotidiano, como por exemplo, no novo trabalho, com os vizinhos e até mesmo em instituições de saúde.
Preconceito e Solidão
Dentre os desafios da mudança de país, o preconceito e a solidão podem ser bastante recorrentes. A pessoa que muda de país muitas vezes sente falta dos pais, irmãos, amigos e tem dificuldade em estabelecer uma nova rede de apoio. Nesse sentido, é comum o imigrante encontrar barreiras no contato com os moradores locais. Essas pessoas nem sempre validam a presença de imigrantes, se sentem ameaçadas e incomodadas com a troca de cultura. É comum expatriados encontrarem rede de apoio com pessoas da mesma nacionalidade e passarem a compartilhar sobre suas vivências e angústias.
Formas possíveis de amenizar essas dores
É sempre importante que, ao emigrar, a pessoa tenha consciência das mudanças que irão surgir. Vale a pena refletir os prós e contras dessa decisão. Pesquisar sobre o clima da região, traçar planos, metas e trocar mensagens com pessoas que moram no local são alguns recursos possíveis nesse processo.
Vale também estar atento a alguns países que estabelecem políticas voltadas para a saúde do imigrante. Alguns governos facilitam o acesso do expatriado no cotidiano local e oferecem serviços de referência no cuidado social e da saúde.
É importante ressaltar que os desafios mencionados aqui são comuns nos primeiros anos de mudança. Ainda assim, o apoio psicológico pode ser uma forma de lidar com as dores, angústias e medos.
Lembre-se também que cada pessoa terá uma experiência única e particular. Vivenciar processos de mudança pode ser encantador e desafiador ao mesmo tempo.